Estilo vs. Moda: por que nem tudo que está na moda precisa estar no seu look

 Estilo vs. Moda: por que nem tudo que está na moda precisa estar no seu look


Vamos começar com uma verdade que liberta: estar na moda não é sinônimo de ter estilo. E sim, existe uma diferença bem clara entre esses dois conceitos — e entender isso muda tudo na forma como a gente se veste, se expressa e se posiciona no mundo.


Moda é coletiva. Estilo é individual.


A moda é um fenômeno social, cíclico, movido por tendências que surgem nas passarelas, ganham as ruas e eventualmente desaparecem ou se transformam. Ela responde ao tempo, à política, à cultura e, claro, ao mercado. Já o estilo é uma construção pessoal, única, e que vai muito além do que está "em alta".


Pensa comigo: quantas vezes a gente vê uma trend bombando no TikTok ou nas semanas de moda — tipo o balletcore, coquette, ou até os croppeds com capuz da última coleção da Miu Miu — e mesmo achando lindo nos outros, sente que “não é a nossa vibe”? Isso acontece porque o estilo verdadeiro vem de dentro. Ele se comunica com a nossa essência, e não com a urgência de consumo.


Fato interessante: 

Um estudo do professor Malcolm Bernard, especialista em estudos culturais da moda, reforça que o estilo pessoal é uma forma de "significar a si mesmo", enquanto a moda muitas vezes responde a expectativas externas. Ou seja, seguir tudo que está na moda sem filtro pode acabar nos afastando de quem realmente somos.


A moda como ferramenta, não como regra

Moda é ferramenta de expressão. Não é inimiga, nem vilã — ela pode ser aliada, desde que a gente aprenda a filtrar o que entra no nosso guarda-roupa e o que fica só no nosso moodboard do Pinterest.


Por exemplo: as calças cargo oversized voltaram com tudo nos últimos desfiles da Balenciaga e Givenchy. Mas será que elas conversam com a tua silhueta, com o teu estilo de vida ou com a tua energia? Porque se a resposta for não, tá tudo certo em dizer "passo" e continuar firme com o seu jeans reto que te valoriza e te faz sentir poderosa.


O luxo silencioso e a ascensão do “estilo como poder


Nos últimos anos, vimos um movimento crescente de valorização do que é atemporal. O chamado quiet luxury — com nomes como The Row, Totême e até a nova era da Bottega Veneta — reforça que menos é mais quando se tem presença. As peças são discretas, mas impecáveis. E a mensagem é clara: quem tem estilo não precisa gritar com logotipos ou seguir toda trend que aparece no feed.


Meu conselho?


Construa seu guarda-roupa como quem monta um altar pessoal. Escolha peças que contem sua história, que respeitem seu corpo, que revelem sua alma. Use a moda como inspiração, não como imposição. E lembre-se: ter estilo é saber dizer “isso sou eu” — mesmo quando todo mundo está dizendo o contrário.


Porque no fim do dia, a moda passa. O estilo fica.

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